Tem dias que tudo fica escuro e sem graça
em que nada mais parece fazer sentido na vida da gente
e ficamos assim parados e quietos
como se o mundo tivesse acabado de acabar
e restasse só a gente,
completamente sem saber o que fazer da vida,
sem nenhuma disposição para começar
nem para terminar o que quer que seja
trazendo nos olhos aquela impressão esquisita
de que a dor cessou e a alegria não veio
de jeito que o vazio de dentro ficou ainda maior
tão grande que a gente fica reduzido a nada
e não se crê mais e nem se é ateu
nem se sofre nem se goza nem se chora nem se ri
e em lugar de um corpo pulsando e forte
apenas uma vaga lembrança do que é viver ficou aqui
em que nada mais parece fazer sentido na vida da gente
e ficamos assim parados e quietos
como se o mundo tivesse acabado de acabar
e restasse só a gente,
completamente sem saber o que fazer da vida,
sem nenhuma disposição para começar
nem para terminar o que quer que seja
trazendo nos olhos aquela impressão esquisita
de que a dor cessou e a alegria não veio
de jeito que o vazio de dentro ficou ainda maior
tão grande que a gente fica reduzido a nada
e não se crê mais e nem se é ateu
nem se sofre nem se goza nem se chora nem se ri
e em lugar de um corpo pulsando e forte
apenas uma vaga lembrança do que é viver ficou aqui
a esperança acabou como nem tivesse existido
e qualquer sonho é friamente executado
como absurda fantasia
e não se vê uma saída nem se procura por ela
e qualquer sonho é friamente executado
como absurda fantasia
e não se vê uma saída nem se procura por ela
Esses dias, em que a gente deixa de ser gente
e fica por aí, apenas como categoria
e fica por aí, apenas como categoria
(Geraldo Eustáquio de Souza)
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